Veículo é projetado para resistir a disparos de alto calibre, proteger equipes e avançar em áreas de alto risco
O “Caveirão” voltou aos noticiários nacionais após a mega operação desencadeada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro nesta semana. Utilizado principalmente em ações em comunidades dominadas pelo crime organizado, o blindado é uma das principais ferramentas das polícias para entrar em locais de risco elevado com maior segurança.
Mas afinal, como é esse veículo e por que ele é tão eficiente em confrontos urbanos? O RondoMotor explica.
Blindagem pesada contra armamento de guerra
O Caveirão é baseado em caminhões convencionais modificados e recebe uma blindagem especial capaz de resistir a tiros de:
• Pistolas
• Fuzis 5.56 e 7.62
• Armas de grosso calibre utilizadas em confrontos urbanos
O conjunto estrutural reforçado protege motorista, equipe e passageiros contra projéteis e explosões improvisadas, ampliando a chance de sobrevivência em emboscadas.
Capacidade para tropa e transporte rápido
Dependendo da versão, o blindado pode levar:
• 10 a 12 agentes equipados
• Sistema de ventilação interna
• Proteções extras contra coquetéis molotov
• Janelas estreitas, que funcionam como frestas de observação
Há também pontos externos para armas, que permitem cobertura sem expor os policiais.
Pioneirismo brasileiro e evolução constante
O modelo foi desenvolvido no Brasil a partir dos anos 2000 e, desde então, passou por avanços tecnológicos:
• Suspensão reforçada para vias irregulares
• Pneus especiais que rodam mesmo furados
• Ausência de logos e placas expostas
• Motores fortes para subidas íngremes em comunidades
A missão é clara: entrar onde viaturas comuns não conseguiriam.
Por que é tão usado no Rio?
As operações ocorrem em regiões onde grupos armados utilizam:
• Barreiras físicas
• Tiros contra viaturas
• Granadas e armamento pesado
O Caveirão aumenta a proteção durante o deslocamento e abre caminho para a tropa avançar.
Um símbolo polêmico
Apesar da importância tática, o blindado também é alvo de críticas por parte de organizações civis que questionam os impactos das operações em comunidades densamente povoadas.
A segurança pública no Rio segue em constante debate, e o Caveirão continua sendo uma das peças centrais nessa realidade complexa.